Admito, não sem algum embaraço, que, de uns tempos para cá, tornei-me fã dos filmes do gênero slasher, que pode ser definido como uma mistura dos conceitos “quem será a próxima vítima? ” e “quem é o assassino/monstro? ”, algo como uma versão de Scooby-Doo para adultos, só que com muito mais sangue e violência gráfica.
A
trama segue a história de um grupo de seis amigos, os irmãos Nick (Chad Michael
Murray) e Carly (Elisha Cuthbert), Wade (Jared Padalecki), namorado dessa
última, Dalton (Jon Abrahams), e o casal Blake (Robert Ri'chard) e Paige (Paris
Hilton), que está a caminho de um jogo de futebol americano em outra cidade.
Quando
um dos dois carros em que o grupo viaja quebra, a turma se divide e uma parte
segue para o jogo, enquanto a outra vai até uma cidade aparentemente fantasma,
chamada Ambrosia, para ver se consegue uma peça para reposição, de modo a
consertar o veículo com defeito.
É
em tal cidadezinha, perdida no meio do nada, que está a Casa de Cera que dá
nome ao filme, uma espécie de museu, ao melhor estilo de Madame Tussauds, no
qual até mesmo as paredes são de cera.
É
óbvio que as mortes logo vão começar. Um ponto a favor desse filme, apesar de
não serem muitos, é escapar de um dos principais clichês do gênero: não é o “cara
negro” ou “garota gostosa e burra” que morrem primeiro.
Mas
de qualquer jeito, o grupo volta a se reunir no sinistro lugar, pois um
engarrafamento impede que os amigos que foram assistir ao jogo cheguem a tempo
de vê-lo, resolvendo então retornar para junto da dupla que ficou para trás.
E,
obviamente, mais mortes vão acontecer...o que não seria nada inesperado, mas o grande
problema é que o roteiro é rígido demais e falta profundidade aos personagens,
a não ser a Carly, interpretada disparadamente pela melhor atriz de todo o
longa, que consegue convencer bastante nas cenas de terror, apesar de um
background fraco de “garota do interior que não sabe se vai se mudar para
cidade grande sem o namorado”, e Nick, já que o seu intérprete consegue passar
a vibe de valentão, em conflito com todos, inclusive com a própria irmã, ao
mesmo tempo que se mostra protetor com a mesma no decorrer da trama.
De
qualquer maneira, o filme está longe de ser bom e tanto as intenções quanto as
motivações dos vilões são para lá de ridículas, na falta de uma palavra
melhor...
Curiosidade: esse filme é um pseudo remake de um filme de 1953 de mesmo nome, que por sua vez é também é um remake de um filme 1933, chamado Os Crimes do Museu (Mystery of the Wax Museum), dirigido por ninguém menos que Michael Curtiz, que anos mais tarde dirigiria Casablanca.
Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Casa_de_Cera
https://pt.wikipedia.org/wiki/Michael_Curtiz