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sábado, 18 de março de 2023

MAGNÓLIA

            Magnólia, filme de 1999, dirigido e escrito por Paul Thomas Anderson, é como uma grande teia de aranha, cujos fios unem os personagens e suas histórias.

            O enredo pode parecer, inicialmente, um tanto confuso, com tantos personagens díspares: Frank T. Mckay (Tom Cruise), o instrutor de um seminário que ensina homens a levarem as mulheres para a cama; o milionário moribundo Earl Partridge (Jason Robards, 1922-2000); sua esposa Linda (Julienne Moore, que entrega a melhor atuação do longa); o enfermeiro particular de Partridge, Phil Pharma (Philip Seymour Hoffman, 1967-2014), o apresentador do programa de perguntas e respostas ‘O que as Crianças Sabem?’, Jimmy Gator (Philip Baker Hall, 1931-2022); sua filha Claudia (Melora Waters), que por alguma razão está há anos brigada com o pai; o bondoso e atrapalhado policial Jim Kurring (John C. Reilly); e o antigo campeão do show apresentado por Gator, Donnie Smith (William H. Macy), agora um adulto fracassado, cujos pais ficaram com todos os recursos financeiros que ele ganhou no programa.

            Mas aos poucos as tramas vão se cruzando e o espectador passa entender melhor os elos que unem os personagens, sejam esses para o bem ou para o mal. Tudo é bastante complexo e as atuações do elenco são bastante convincentes, como no caso já mencionado de Julienne Moore ou a performance de canastrão de Tom Cruise, que deve ter vindo fácil para o astro, devido a autoconfiança que ele esbanja na vida real, além de ter conseguido imprimir uma grande nuance emocional num personagem tão cafajeste quanto Frank.

           O único problema é o filme é excessivamente longo e demora a engrenar a sua trama.


Nota: é preciso habilitar as legendas do trailer! 

Fontes:

https://www.imdb.com/title/tt0175880/

https://www.imdb.com/title/tt0175880/fullcredits?ref_=tt_cl_sm

https://www.imdb.com/name/nm0001311/?ref_=ttfc_fc_cl_t20

https://www.imdb.com/name/nm0000450/?ref_=ttfc_fc_cl_t33

https://www.imdb.com/name/nm0001673/?ref_=ttfc_fc_cl_t34

 

 

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

AFINADO NO AMOR

               Ei, alguém lembra de quando as comédias do Adam Sandler eram boas? Nem eu. Brincadeiras à parte, são raríssimas as exceções em que alguma película estrelada por tal ator seja boa, a não ser aquelas, por exemplo, em que ele contracena com Drew Barrymore.

           É o caso de ‘Afinado no Amor’ (The Wedding Singer, ‘O Cantor de Casamentos’, 1998), dirigido por Frank Coraci e roteirizado por Tim Herlihy). E não é a atuação de Sandler, uma versão caricata de si mesmo, como em todos os seus filmes de comédia, que ajuda em alguma coisa.

             O que torna tudo agradável e até mesmo bom é a junção da interpretação de Drew Barrymore, disparadamente a melhor atriz do elenco, com um roteiro razoável, o suficiente para acabar com algumas horas de tédio.

            O enredo gira em torno de Robbie (Adam Sandler), um cantor de casamentos que é abandonado no altar durante o seu, que acaba se apaixonando por Julia (Drew Barrymore), uma garçonete do bufê que atende aos mesmos casamentos em que Robbie canta (o que Sandler definitivamente não sabe fazer).

            O único problema é Glenn (Matthew Glave), o arrogante noivo de Julia que trabalha em Wall Street. Mas como em toda comédia romântica que se preze, tal obstáculo será superado até o final do filme, o que não deve ser surpresa para ninguém.

            Se você está se sentindo nostálgico, afinal a trama se desenrola em 1985, um pouco entediado ou precisando relaxar, é uma boa dica para espairecer. Só não espere uma experiência transformadora ou algum acréscimo a sua cultura.

 


Nota: é preciso ativar as legendas do trailer. 

Fontes:

 https://www.imdb.com/title/tt0120888/

terça-feira, 17 de janeiro de 2023

ETERNAMENTE JOVEM

 

       Apesar de baseado num clichê recorrente da literatura norte-americana, o do homem que dorme por vários anos para acordar no futuro, cujos exemplos vão desde o conto ‘Rip Van Winkle’, do autor Washington Irving (1783-1859) às mais recentes aventuras de Buck Rogers, herói dos livros pulps e das tiras em quadrinhos, criado por Philip Francis Nowlan (1888-1940) no princípio do século XX, o filme Eternamente Jovem (Forever Young,1992), dirigido por Steve Miner, com base num roteiro de J.J. Abrams, e estrelado por Mel Gibson, é uma aventura cativante sobre amor e perda, do que o ser humano é capaz para lidar com as suas emoções em relação a ausência daqueles que se vão.

           A trama gira em torno do piloto de testes Daniel McCormick (Mel Gibson) que, inconsolável com o acidente que deixou a sua namorada Helen (Isabel Glasser) em um coma aparentemente irreversível, aceita participar de um experimento de criogenia do seu amigo cientista Harry Finley (George Wendt) que o deixaria em suspensão criogênica durante um ano.

            Mas algo dá errado e quando o piloto é acordado por Nat Cooper (Elijah Wood) e seu amigo Félix (Robert Hy Gorman), mais de cinquenta anos se passaram. A partir daí, Daniel tem que descobrir não só o que deu errado com o experimento, mas também redescobrir o mundo, que não é mais o mesmo daquele que era em 1939, ano em que se deu a experiência.

            Assim, ele parte em busca de respostas sobre o que aconteceu com as pessoas com quem conviveu no passado, auxiliado por Nat, que acaba encontrando no piloto a figura paterna que tanto faltava em sua vida.

     É um bom filme, cuja mensagem é de amor e esperança, mas, principalmente, de que nunca se deve deixar para depois algo que se pode fazer agora, pois instantes antes do acidente que deixou Helen em coma, McCormick pretendia pedi-la em casamento, porém hesitou e tudo se perdeu.




Nota: o trailer que consegui legendado estava com a qualidade da imagem muito ruim, então também postei uma versão sem legendas.

Fontes:

 https://pt.wikipedia.org/wiki/Rip_van_Winkle

https://pt.wikipedia.org/wiki/Buck_Rogers

https://pt.wikipedia.org/wiki/Eternamente_Jovem

 

segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

O SEGREDO DE MARY REILLY

               Escrito por Robert Louis Stevenson (1850-1894), o ‘Médico e o Monstro’ (The Strange case of Dr. Jekyll and Mr. Hyde/ O Estranho Caso do Dr. Jekyll e do Sr.Hyde, 1886) é um clássico da literatura mundial, no qual o pacato Dr. Henry Jekyll desenvolve uma fórmula que o permite despertar um lado mais sombrio de sua personalidade, transformando até mesmo sua aparência e, portanto, assumindo a alcunha do Sr. Eward Hyde.

            É uma das primeiras obras a abordar, de certa forma, o conceito de dupla personalidade, além de ter inspirado inúmeros outros personagens, como o Incrível Hulk, e trabalhos literários, como o que serviu de premissa para este filme, no caso o romance Mary Reilly, de Valerie Martin, no qual a história do pobre Dr. Jekyll é retratada através dos olhos de sua criada que dá título à obra. Pode causar certa estranheza ao leitor, mas várias obras famosas já foram recontadas em outros romances que não de seus autores originais, podendo-se citar exemplos como clássicos tais quais Orgulho e Preconceito, de Jane Austen (1775-1817), e diversos pastichos sobre casos de Sherlock Holmes, que não foram concebidos pelo seu criador Arthur Conan Doyle (1859-1930).

            Enfim, a película, dirigida por Stephen Frears, não contem uma ideia totalmente original, mas é boa devido a sua execução, principalmente pelas atuações de Julia Roberts, como Mary Reilly, e John Malkovich, exercendo aqui a dupla função de interpretar tanto Jekyll quanto Hyde. Aliás, é o triângulo amoroso formado por Mary e as duas personalidades de seu patrão que gera tensão na trama, fazendo-a funcionar.

            Por um lado, temos o gentil doutor que desperta o carinho de Mary por se preocupar com ela, inquerindo sobre as cicatrizes que a moça, literalmente, carrega de seu passado, devido a convivência com o seu pai abusivo, o Sr. Reilly (Michael Gambon e, antes que alguém se pergunte porque o ator lhe parece tão familiar, sim, trata-se do segundo intérprete do Professor Dumbledore na saga Harry Potter), algo com que ninguém pareceu se importar, fazendo com que ela se sinta tratada como um ser humano pela primeira vez e não apenas como alguém que existe apenas para servir. Por outro, temos o horrendo Sr. Hyde, capaz das maiores atrocidades, mas que ainda assim desperta a libido de Mary, seus desejos sexuais mais profundos, algo que, na época em que a trama se passa, o final do século XIX, não era normal exteriorizar, ainda mais tratando-se de uma mulher.

            Outro ponto forte da trama é a breve, porém marcante interpretação de Glenn Close como a caricata Sra. Farraday, uma cafetina a qual tanto o Doutor Jekyll quanto o Sr. Hyde recorrem a seus serviços.

            Por fim, o design de produção é muito agradável aos olhos e vai parecer bastante familiar para muitas pessoas, pois se trata do trabalho de Stuart Craig, o responsável pelo design de produção de todos os filmes da franquia Potter. Que coincidência, não?


Nota: infelizmente, não encontrei o trailer dublado ou legendado. 

Fontes:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Louis_Stevenson

https://pt.wikipedia.org/wiki/Mary_Reilly

https://pt.wikipedia.org/wiki/Jane_Austen

https://pt.wikipedia.org/wiki/Arthur_Conan_Doyle

https://www.imdb.com/title/tt0117002/fullcredits/?ref_=tt_cl_sm

https://www.imdb.com/name/nm0186023/?ref_=ttfc_fc_cr12

 

 

 

sexta-feira, 21 de outubro de 2022

A VIDA COMO UMA CAIXA DE CHOCOLATES

 

         Alguns filmes são como uma caixa de chocolates, sempre que os assistimos, deparamo-nos com algo novo. É o caso de Forrest Gump (1994), dirigido pelo incrível Robert Zemeckis, também responsável pela não menos notável trilogia De Volta Para o Futuro.

            Ganhador de diversos prêmios, inclusive os Óscares da Academia de Melhores Filme, Roteiro Adaptado, Diretor e Ator, o filme gira em torno do personagem título (brilhantemente interpretado por Tom Hanks na fase adulta, diga-se de passagem), um sujeito comum, que apesar de suas dificuldades intelectuais, é criado com todo amor e carinho por sua mãe (Sally Field), que faz das tripas coração para sustentar o seu rebento, desde transformar sua casa em um pensionato a até mesmo vender o seu corpo para garantir que o seu filho pudesse frequentar a escola local.

            Forrest até poderia ter uma vida solitária devido a sua deficiência intelectual e o seu problema nas pernas, que o forçou a usar um aparelho ortopédico, mas o seu bom coração e ingenuidade o tornam o amigo perfeito para Jenny (Robin Wright na fase adulta), uma garota abusada pelo pai, que o menino conhece no ônibus para a escola.

            Assim, conforme Forrest cresce, a sua vida entrelaça-se com a história americana da segunda metade do século XX, seja conhecendo um jovem Elvis Presley, a quem inspira os movimentos dos quadris, ou participando da Guerra do Vietnã, junto de seus amigos Bubba (Mykelti Williamson), um especialista em camarões, e o Tenente Dan Taylor (Gary Sinise), e até mesmo tendo participação ativa no escândalo Watergate, realizando o telefonema que desencadearia a investigação.

            Mais do que isso, Forrest Gump é um filme sobre a vida e como ela é leve como uma pluma, sempre nos levando a lugares inesperados.    

 


Fontes:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Forrest_Gump

quarta-feira, 12 de outubro de 2022

A CASA DOS ESPÍRITOS

          * em memória da minha querida avó paterna Neise (28 de Agosto de 1943 - 13 de Outubro de 2021), que sempre acreditou em mim e me estimulou a perseguir os meus sonhos. Obrigado, vó. De onde a Sra. estiver, fique com o meu carinho.

           Falar do filme Casa dos Espíritos (1993) é também falar de Isabel Allende, autora do romance que inspirou a trama, assim como de sua terra Natal, o Chile.

            Nascida em 1942, Allende cresceu em meio a um período de transição sociopolítica da sociedade chilena, notavelmente patriarcal à época. Até mesmo pode vivenciar os bastidores do golpe militar, de 1973, que instalou a ditadura do general Pinochet (1915-2006), já que era prima, por parte de pai, do presidente do país andino à altura do golpe, Salvador Allende (1908-1973).

            Com essas informações em mente, fica mais fácil compreender o enredo do filme que trata da saga da família Trueba ao longo de várias décadas, culminando no fatídico golpe de 1973 e suas consequências para tal clã.

            Tudo começa com Blanca (Winona Ryder) retornando a Três Marias, fazenda de seu pai, Esteban Trueba (Jeremy Irons), junto do mesmo e da pequena Alba (Sasha Hanau), sua filha.

Lá, Blanca começa a ler os diários de sua mãe, Clara (Meryl Streep) e começa a ter um melhor entendimento da dinâmica de sua família. Ela descobre que, Clara, ainda criança, dava sinais de possuir fortes poderes espirituais, chegando a aconselhar várias pessoas com os seus pressentimentos.

Tudo muda, porém, quando ela prevê a morte acidental de alguém de sua família e tal vítima acaba sendo a sua irmã mais velha Rosa (Teri Polo), até então noiva de Estaban, que acaba ingerindo uma dose fatal de veneno no lugar do pai, Severo del Valle (Armin Mueller-Stahl), que havia começado a se envolver com a política local e feito alguns inimigos.

Assim, sentindo-se culpada, Clara não diz uma palavra por anos, até que Esteban retorna a sua vida e acaba se casando com a irmã mais nova de sua finada noiva, levando-a para morar em Três Marias com ele e sua irmã Ferula (Glenn Close).

Os problemas começam a surgir daí. Esteban ressente-se da interferência da irmã em sua vida marital, sem nem ao menos imaginar que foi a própria Clara, num gesto de puro altruísmo, que convidou a cunhada para viver com eles, pois aos seus olhos ela tornara-se também sua irmã, ainda que pelo casamento.

Só que Esteban não consegue entender isso e muitas outras coisas, como a passagem do tempo e quebra de paradigmas do mundo conservador e patriarcal em que foi criado e insiste em levar adiante, de certa forma, através de sua filha Blanca.

É um belo filme, com muitos outros acontecimentos desenrolando-se a partir daí. A única crítica que posso fazer, se é que posso me atrever a tanto, é que a película, dirigida Bille August, não seria feita, na atualidade, com elenco que possui, apesar de contar com medalhões como Meryl Streep, Jeromy Irons, Winona Ryder e um Antônio Banderas em início de carreira, devido à falta de diversidade e representação étnica do povo latino. 

 


Fontes:

https://pt.wikipedia.org/wiki/A_Casa_dos_Esp%C3%ADritos_(filme)

https://pt.wikipedia.org/wiki/Isabel_Allende 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Golpe_de_Estado_no_Chile_em_1973 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Augusto_Pinochet 

https://www.imdb.com/title/tt0107151/fullcredits/?ref_=tt_cl_sm 

https://www.imdb.com/title/tt0107151/ 

https://www.imdb.com/name/nm0000090/?ref_=ttfc_fc_cl_t29

https://www.imdb.com/name/nm0000806/?ref_=tt_ov_dr

 

 

 

segunda-feira, 15 de agosto de 2022

A LISTA QUE MUDOU A MINHA VIDA

         Esta postagem é um pouco diferente das demais. A ideia aqui é dar voz aos leitores do blog para que os mesmos possam compartilhar as histórias de filmes que os marcaram. Seja pela trama, uma cena marcante, pelo momento que estavam passando em suas vidas pessoais, ou alguma acontecimento curioso ou engraçado que ocorreu enquanto assistiam ao filme. Se você, caro leitor, tem alguma história desse tipo e queira compartilha-la, é só enviar um e-mail para the.end.castan@gmail.com . Não precisa ser algo muito longo ou detalhado, pode ser somente um ou dois parágrafos, que eu completo com o resumo da trama e as demais informações técnicas, como elenco, diretor, roteirista, ano de lançamento etc.  

*baseado no relato de João Paulo Martins Castanheira

ALERTA DE SPOILERS!

            A Lista de Schindler (1993) é um filme poderoso, porém trágico na mesma medida. É um misto do que é e do que poderia ter sido.

            Gravado em preto e branco, numa época em que a filmagem a cores há muito estava difundida, a película é um reflexo dos tempos sombrios que retrata.

            Baseada na história real de Oskar Schindler (1908-1974), a trama o retrata como “um oportunista interessado no lucro, inicialmente, mas que acabou por mostrar uma iniciativa e dedicação extraordinárias com o objetivo de salvar as vidas dos seus empregados judeus”1, “empregando-os nas suas fábricas de esmaltes e munições, localizadas nas atuais Polônia e República Checa, respectivamente”2.

            Tal atitude ajudou a salvar 1200 vidas do Holocausto, ainda que Schindler fosse um membro do partido nazista.

            Sobre o filme, o nosso leitor convidado, João Paulo, tem muito a dizer:

            “É um filme que sempre me foi recomendado, mas a vida toda eu adiei o assistir por não interessar muito por filmes de guerra, já que não gostei do "O resgate do soldado Ryan". Então comecei a assistir "A Lista de Schindler" com uma expectativa bem baixa. Pensando bem, acho que as minhas expectativas impactaram muito na minha experiência. E aconteceu de ela melhorar essa em questão, pois não tinha nenhuma. O filme é o primeiro Oscar do Spielberg e resolvi dar uma chance a ele. É um filme duríssimo, só para quem tem estômago e meu interesse pela história da segunda guerra estava em franco crescimento na época. Quando os judeus estavam sendo levados para os guetos no início da guerra, Schindler já acumulava contratações de escravos e em particular o contador, era um que vinha ganhando sua simpatia. A cada conquista Schindler, que era um beberrão, propunha um brinde, mas o contador nunca aceitava, pois ele não bebia. Até que um dia ele aceitou, pois sabia que aquela seria a última oportunidade que ele teria de aceitar. No dia seguinte ele seria levado a um campo de concentração.


            Já no campo de concentração, a cena que mais me emocionou, foi na metade final do filme. Quando um médico analisava os judeus correndo em círculos, pelados, em um campo. Todos já sabiam do que se tratava. Quem ia para direita eram os não saudáveis e desnutridos. Candidatos à câmara de gás, e os da esquerda estavam ainda aptos para trabalhar. Era uma resignação generalizada da própria dignidade. Não havia qualquer esboço de esperança em ninguém. As mulheres, num último esforço desesperado, furavam os próprios dedos para colorir as bochechas de sangue e aparentarem estar mais saudáveis.

Quando, em um instante, dois caminhões, lotados de crianças passa há alguns poucos metros do campo. Toda aquela apatia e submissão desapareceu no momento em que os pais daquelas crianças perceberam que eles estavam sendo levados para fora do campo de concentração. Foi instantâneo, todos abdicaram de tudo e qualquer coisa, e correram como uma manada em direção aos caminhões. Gritando desesperadamente, um grito horroroso de desespero.

A cena do final do filme também é bem tocante. Quando Schindler se desculpa por não ter vendido mais bens dele, como o carro e o anel, para poder salvar mais judeus. E mesmo assim é ovacionado por aqueles que estavam com ele, e foram salvos. Schindler se ajoelha aos prantos e abraça um dos judeus se desculpando por não ter sido mais desprendido. ” – conclui João Paulo.

Fontes:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Oskar_Schindler


Citações Diretas:

 

1   https://pt.wikipedia.org/wiki/Oskar_Schindler

2.               https://pt.wikipedia.org/wiki/Oskar_Schindler


ENTREVISTA COM LUCIANO CARRIERI

  Luciano Carrierri  é um advogado e pai de família que nas horas vagas gosta de desbravar o mundo dos jogos de tabuleiro. Hoje conversarei ...