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sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

ESPECIAL DE NATAL!

 

           Você já teve a sensação de ter assistido anteriormente a um filme quando na verdade, não viu? E não estou falando de remakes. Calma, não se preocupe que não estou ficando louco.

             Aliás, é algo bastante comum na sétima arte, por isso resolvi escrever este artigo. Nele, trato de dois longas, cujas premissas são essencialmente idênticas, a ponto de beirar o plágio.

            O primeiro deles é ‘Um Salto para a Felicidade’ (Overboard,1987, algo como Fora do Barco ou No Mar), dirigido por Gary Marshall e estrelado por Kurt Russell e sua esposa Goldie Hawn. O outro é ‘Uma Quedinha de Natal’ (Falling for Christmas, 2022, Caindo no Natal, numa tradução livre, lembrando que o verbo to fall também significa se apaixonar, além de cair, no sentido de fall in love, literalmente cair de amores), comandado pela diretora Janeen Damian e estrelado por Lindsay Lohan e Chord Overstreet.

Em ambos, o enredo gira em torno do seguinte: uma mulher rica se acidenta e perde a memória, indo morar com um viúvo que, no primeiro caso, tem uma penca de filhos e, no segundo, apenas uma filha. Outros aspectos que diferenciam as tramas são a temática natalina, presente no segundo, mas não no primeiro e, o motivo do viúvo acolher a rica desmemoriada. Em ‘Um Salto para a Felicidade’, o intuito é lhe ensinar uma lição, enquanto que em ‘Uma Quedinha de Natal’, é por compaixão. Basicamente, as diferenças terminam aí.


Mas você deve estar se perguntando porque eu vi o longa de 2022 se ele tanto se assemelha ao de 1987, mesmo não se tratando de um remake que, aliás, já foi realizado, sendo estrelado por Anna Faris, mudando apenas que agora é o homem rico que perde a memória. Bem, esta estranha coincidência foi uma das razões, quis ver até aonde as semelhanças iriam.

A outra foi Lindsay Lohan, atriz da qual sou fã desde que assisti sua performance como as gêmeas Hallie e Annie em Operação Cupido (The Parent Trap, 1998, Armadilha para os Pais, que aliás também se trata de um remake de um filme de 1961), mas que estava afastada das telas há três anos.

Mas as semelhanças apontadas entre os filmes não significam que sejam ruins, apenas demonstra a falta de originalidade em Hollywood na atualidade. Ambos os longas possuem pontos fortes. Em ‘Um Salto para a Felicidade’, a química entre Russel e Hawn é excelente, muito provavelmente por conta de seu relacionamento fora das telas. Kurt também entrega uma performance sarcástica e engraçada, a ponto de quase justificar o fato de seu personagem ter se aproveitado da amnésia da personagem interpretada por Goldie. Já em ‘Uma Quedinha de Natal’, o chamariz é a sua meiga protagonista (pelo menos depois de perder a memória), personagens cuja interpretação é a especialidade de Lindsay Lohan, que, apesar do hiato em sua carreira, entrega uma performance consistente, ainda que pouco além do arroz com feijão, devido as limitações do roteiro. 

No mais, desejo a todos um Feliz Natal!

 






NOTA: coloquei o trailer, em inglês, do filme 'Um Salto para a Felicidade', assim como dois outros clipes com a dublagem clássica da Hebert Richers. 

Fontes:

 

https://en.wikipedia.org/wiki/Overboard_(1987_film)

https://en.wikipedia.org/wiki/Falling_for_Christmas

https://en.wikipedia.org/wiki/Lindsay_Lohan

https://en.wikipedia.org/wiki/The_Parent_Trap_(1998_film)

domingo, 11 de dezembro de 2022

WHAT FEELING

              Recentemente, a cantora Irene Cara faleceu aos 63 anos. E a sua morte avivou em minha memória aquela canção que provavelmente foi o seu derradeiro trabalho: What Feeling, música tema do filme Flashdance, de 1983, dirigido por Adrian Lyne e estrelado por Jennifer Beals e um dos clássicos da Sessão da Tarde.

            A música em questão foi tão importante para o longa que não só fez parte de sua cena mais antológica, como também ganhou o Óscar da Academia e o Globo de Ouro de Melhor Canção Original.


Fontes:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Flashdance

https://pt.wikipedia.org/wiki/Flashdance..._What_a_Feeling            


domingo, 30 de outubro de 2022

ADENTRANDO O BAIRRO PROIBIDO

 

             Mais um dos muitos clássicos da Sessão da Tarde, ‘Os Aventureiros do Bairro Perdido (Big Trouble in Little China, algo como Grande Problema na Pequena China, 1986) é um filme legal, que cumpre o que promete: entrega quase duas horas de ação e aventura.

            Dirigido por John Carpenter, a trama começa numa delegacia de polícia, onde Egg Shen (Victor Wong, 1927-2001) é interrogado sobre os estranhos acontecimentos que ocorreram recentemente na Chinatown de São Francisco.

            O velho senhor chinês não cede, ainda mais quando é questionado sobre a participação de Jack Burton (Kurt Russell) no evento. Então, após uma surpreendente apresentação de magia, envolvendo raios, que até mesmo espanta o delegado, somos levados a um passado recente e apresentados a Jack, um caminhoneiro falastrão que chega a São Francisco e logo se envolve em uma aposta com o seu amigo Wang Chi (Dennis Dun), um simpático dono de restaurante.

            Para o azar do chinês, ele perde todas as apostas e confessa a Jack que precisa do dinheiro, pois está prestes a buscar a sua noiva, Miao Yin, uma chinesa de raros olhos verdes, no aeroporto, mas que pagara Jack assim que retornar do compromisso.

            O caminhoneiro, desconfiado, resolve dar uma carona ao amigo até o aeroporto e lá que os problemas realmente começam, com Jack batendo cabeça com Grace Law (Kim Cattrall) e com o rapto de Miao Yin por uma tong (espécie de gangue) chinesa.

            A partir daí a ação é frenética, percorrendo os subterrâneos de Chinatown, através do covil de um espírito vingativo que tenta quebrar uma maldição que lhe foi lançada há mais de dois mil anos.

            Como disse, o filme é legal, os personagens cativantes, cada um à sua maneira, mas a sequência das ações desenvolve-se muito rápido, de tal maneira que fica difícil acompanhar o seu ritmo, também dando pouco espaço para o desenvolvimento dos personagens. Eles são o que são e só estão ali para fazer a trama andar, em meio a inúmeras lutas de kung-fu e alguns estereótipos orientais que não seriam muito bem aceitados hoje em dia.

 



Fontes: 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Big_Trouble_in_Little_China

https://pt.wikipedia.org/wiki/Victor_Wong

 

 

sexta-feira, 9 de setembro de 2022

O DIA DE FOLGA DE FERRIS

        “Curtindo a Vida Adoidado” (Ferris Bueller’s Day Off, no original, em inglês, cuja tradução livre é ‘O Dia de Folga de Ferris Bueller’, daí o título do artigo) é um clássico filme da Sessão da Tarde. Quem nunca o assistiu por lá pelo menos uma vez? Eu já. Aliás, o meu primeiro contato com o mesmo se deu através de uma de tais exibições. Creio também ter sido o primeiro trabalho do finado diretor John Hughes (1950-2009) que assisti na vida, ainda que não soubesse se tratar de uma obra dele.

         A trama do filme, de 1986, é bastante simples, porém cativante: Ferris (Matthew Broderick), o garoto mais popular da escola, que consegue escapar impune de qualquer problema com sua engenhosidade, decide matar aula e tirar um dia de folga. Afinal, o que poderia dar errado para ele?

         No entanto, o garoto não pretende partir sozinho em tal aventura, convencendo, com algum custo, o seu melhor amigo, o deprimido Cameron (Alan Ruck) a ir com ele e ainda por cima levar a Ferrari de seu tirano pai com eles.

       A partir daí, a loucura e a inconsequência correm soltas, desde buscar Sloane (Mia Sara), a namorada de Ferris, mais cedo da escola, através de um ardil em que os garotos conseguem se passar pelo pai dela no telefone e, até mesmo, impersoná-lo, na cara dura, ainda que a distância, na frente do colégio, a uma visita ao Museu de Arte de Chicago, no qual Cameron ‘se perde’ na pintura “Uma Tarde de Domingo na Ilha de Grande Jatte”, de George Seurat (1859-1891), que aliás, tornou-se a minha pintura favorita, da qual até mesmo possuo uma réplica, pintada por minha falecida avó paterna, no meu quarto, e a invasão de Ferris a uma parada, na qual ele dubla a versão da música Twist and Shout dos Beatles, levando uma multidão a loucura, no que se tornou uma cena antológica.

            Vale a pena conferir, pois, no final do dia, todos somos um pouco como Cameron, ainda que, em nossos íntimos, quiséssemos ser mais audaciosos como Ferris e encarar a vida sem medo. 

        Salve Ferris!

 




Fontes: 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ferris_Bueller%27s_Day_Off

https://pt.wikipedia.org/wiki/Georges_Seurat

https://pt.wikipedia.org/wiki/Uma_Tarde_de_Domingo_na_Ilha_de_Grande_Jatte

https://pt.wikipedia.org/wiki/John_Hughes

 

 

 

 

quarta-feira, 17 de agosto de 2022

BEM-VINDO AO CLUBE

            Há diversos filmes que abordam a temática adolescente, do que é viver esse período tão confuso, traumático e, ao mesmo tempo, tão bom da vida de qualquer ser humano, mas nenhum deles é como o Clube dos Cinco (The Breakfast Club, no original, em inglês).

   A trama é bastante simples: cinco estudantes, completamente diferentes, são obrigados a passar a manhã de sábado na detenção por terem aprontado na escola.

Sim, à primeira vista, os personagens podem parecer clichês: o valentão, o atleta, o nerd, a patricinha e a gótica esquisita.  Porém, eis que a mágica acontece, pois o roteiro, do também diretor da película, o saudoso John Hughes (1950-2009), proporciona-lhes profundidade, dando-lhes alma, de modo que qualquer pessoa possa identificar-se com Bender, Andy, Brian, Claire e Allisson em algum aspecto, ao ponto que o filme em si deixa de ser uma comédia para tornar-se um drama adolescente.


            E, por fim, o mais interessante. A amizade que nasce entre o grupo baseia-se não em suas diferenças sociais, mas em suas carências e necessidades emocionais, um elo mais forte do que qualquer segunda-feira possa quebrar.

Creio que isso responda a sua pergunta, Sr. Vernon. 

Atenciosamente, 

O Clube dos Cinco (e mais um autor iludido que sempre sonhou em fazer parte de uma turma como essa)








ENTREVISTA COM LUCIANO CARRIERI

  Luciano Carrierri  é um advogado e pai de família que nas horas vagas gosta de desbravar o mundo dos jogos de tabuleiro. Hoje conversarei ...