A trama gira em torno de duas
famílias, os Stoneman, do Norte, e os Cameron, do Sul, e como ambas lidam com
acontecimentos como a Guerra Civil Americana, o assassinato de Lincoln e a
Reconstrução do Sul no cenário pós-guerra.
O
grande problema é que tudo não passa de uma falácia melodramática que tenta
vender a Ku Klux Klan como um grupo heroico e não um bando de racistas,
ignorantes e sanguinários que de fato era.
Como
se isso não bastasse, o enredo também tenta fazer o espectador engolir que a
população negra do Sul, praticamente composta por ex-escravos, de alguma forma,
dominou os ‘pobres sulistas brancos’, impedindo-os de votar, quando se sabe
que, na verdade, foi o contrário que aconteceu, com a implantação da segregação
racial, através das leis Jim Crow.
A
cereja do bolo é o uso descarado (e, diga-se de passagem, malfeito) da do
blackface, técnica que consistia em simplesmente pintar atores brancos de preto
para fazê-los se passar por negros diante das câmeras... é até difícil imaginar
o porquê, já que economicamente não faz sentido algum. Além do fato que os
salários dos atores brancos deveriam ser muito superiores aos dos poucos atores
e atrizes negros (se é que havia algum) daquela época, também havia os custos
adicionais com maquiagem... assim, só consigo explicar uma bobagem dessas de
duas maneiras: puro racismo ou a imensa dificuldade encontrar atores ou atrizes
negros que se dispusessem a participar de tal presepada.
Assistir
esse filme até o final é um desafio e somente vale a pena para entender o quão
ignorante e preconceituoso pode ser o ser humano e utilizar essa lição para que
atrocidades como tais não se repitam.
Para quem quiser conferir, disponho o filme inteiro na íntegra acima, o único porém é que o filme não é legendado em português.
Fontes:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Leis_de_Jim_Crow#:~:text=As%20leis%20de%20Jim%20Crow,ap%C3%B3s%20o%20per%C3%ADodo%20da%20Reconstru%C3%A7%C3%A3o