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quarta-feira, 17 de agosto de 2022

BEM-VINDO AO CLUBE

            Há diversos filmes que abordam a temática adolescente, do que é viver esse período tão confuso, traumático e, ao mesmo tempo, tão bom da vida de qualquer ser humano, mas nenhum deles é como o Clube dos Cinco (The Breakfast Club, no original, em inglês).

   A trama é bastante simples: cinco estudantes, completamente diferentes, são obrigados a passar a manhã de sábado na detenção por terem aprontado na escola.

Sim, à primeira vista, os personagens podem parecer clichês: o valentão, o atleta, o nerd, a patricinha e a gótica esquisita.  Porém, eis que a mágica acontece, pois o roteiro, do também diretor da película, o saudoso John Hughes (1950-2009), proporciona-lhes profundidade, dando-lhes alma, de modo que qualquer pessoa possa identificar-se com Bender, Andy, Brian, Claire e Allisson em algum aspecto, ao ponto que o filme em si deixa de ser uma comédia para tornar-se um drama adolescente.


            E, por fim, o mais interessante. A amizade que nasce entre o grupo baseia-se não em suas diferenças sociais, mas em suas carências e necessidades emocionais, um elo mais forte do que qualquer segunda-feira possa quebrar.

Creio que isso responda a sua pergunta, Sr. Vernon. 

Atenciosamente, 

O Clube dos Cinco (e mais um autor iludido que sempre sonhou em fazer parte de uma turma como essa)








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