Este filme, de 2008, dirigido por Alex Kendrick,
narra a história do bombeiro Caleb Holt (Kirk Cameron) e de sua esposa Catherine
(Erin Bethea), que passam por problemas conjugais.
A
situação é tão tensa que leva o pai de Caleb, John (Harris Malcom), a intervir,
incitando-o filho a realizar o desafio do amor, um programa de quarenta passos,
um por dia, para tentar salvar o casamento.
A
mensagem que a trama passa é bonita, cheia de esperança e da crença de segundas
chances. No entanto, acho difícil que algo como o relatado no enredo acontecer de
verdade, pois numa das primeiras cenas do filme, na qual Caleb discute com Catherine,
ele a encurrala contra uma parede, gritando com a esposa de maneira para lá de grosseira,
deixando-a totalmente acuada, no que, ao me ver, constitui uma forma de abuso
psicológico e verbal, de modo a se enquadrar na Lei Maria da Penha, se a
situação se passasse em terras brasileiras.
No
lugar de Catherine, qualquer um teria abandonado o barco ali mesmo, pois
tratamentos como esse, por parte de um dos cônjuges, só tendem a escalar e para
muito pior. Mas como se trata de um filme, a redenção está garantida.
No geral, vale a pena
assistir se você está com vontade de ver algo leve e com um final feliz.
Admito, não sem algum embaraço, que, de uns
tempos para cá, tornei-me fã dos filmes do gênero slasher, que pode ser
definido como uma mistura dos conceitos “quem será a próxima vítima? ” e “quem
é o assassino/monstro? ”, algo como uma versão de Scooby-Doo para adultos, só
que com muito mais sangue e violência gráfica.
Num
gênero, de certa forma, limitado como esse, é bastante difícil que a trama não
siga uma certa estrutura e os personagens e as situações sejam um tanto
clichês. É o que acontece no filme a Casa de Cera (2005), dirigido por Jaume
Collet-Serra (o mesmo diretor do recente Adão Negro e de Jungle Cruise).
A
trama segue a história de um grupo de seis amigos, os irmãos Nick (Chad Michael
Murray) e Carly (Elisha Cuthbert), Wade (Jared Padalecki), namorado dessa
última, Dalton (Jon Abrahams), e o casal Blake (Robert Ri'chard) e Paige (Paris
Hilton), que está a caminho de um jogo de futebol americano em outra cidade.
Quando
um dos dois carros em que o grupo viaja quebra, a turma se divide e uma parte
segue para o jogo, enquanto a outra vai até uma cidade aparentemente fantasma,
chamada Ambrosia, para ver se consegue uma peça para reposição, de modo a
consertar o veículo com defeito.
É
em tal cidadezinha, perdida no meio do nada, que está a Casa de Cera que dá
nome ao filme, uma espécie de museu, ao melhor estilo de Madame Tussauds, no
qual até mesmo as paredes são de cera.
É
óbvio que as mortes logo vão começar. Um ponto a favor desse filme, apesar de
não serem muitos, é escapar de um dos principais clichês do gênero: não é o “cara
negro” ou “garota gostosa e burra” que morrem primeiro.
Mas
de qualquer jeito, o grupo volta a se reunir no sinistro lugar, pois um
engarrafamento impede que os amigos que foram assistir ao jogo cheguem a tempo
de vê-lo, resolvendo então retornar para junto da dupla que ficou para trás.
E,
obviamente, mais mortes vão acontecer...o que não seria nada inesperado, mas o grande
problema é que o roteiro é rígido demais e falta profundidade aos personagens,
a não ser a Carly, interpretada disparadamente pela melhor atriz de todo o
longa, que consegue convencer bastante nas cenas de terror, apesar de um
background fraco de “garota do interior que não sabe se vai se mudar para
cidade grande sem o namorado”, e Nick, já que o seu intérprete consegue passar
a vibe de valentão, em conflito com todos, inclusive com a própria irmã, ao
mesmo tempo que se mostra protetor com a mesma no decorrer da trama.
De
qualquer maneira, o filme está longe de ser bom e tanto as intenções quanto as
motivações dos vilões são para lá de ridículas, na falta de uma palavra
melhor...
Curiosidade: esse filme é um pseudo remake de um
filme de 1953 de mesmo nome, que por sua vez é também é um remake de um filme
1933, chamado Os Crimes do Museu (Mystery of the Wax Museum), dirigido por
ninguém menos que Michael Curtiz, que anos mais tarde dirigiria Casablanca.
Premonição (Final Destination, 2000) é um filme
cuja premissa é interessante, mas falha tenebrosamente em entregar o que
promete: um suspense instigante.
Dirigida
por James Wong (aquele mesmo que dirigiu alguns episódios de Arquivo X e a horrenda
adaptação de Dragon Ball para o cinema), a trama gira em torno de um grupo de
alunos do ensino médio que está prestes a viajar em uma excursão para Paris,
mas quando abordo da aeronave, um deles, Alex Browning (Devon Sawa), tem uma
premonição de que o avião irá explodir (lembrem que o filme foi lançado antes
de 11 de Setembro de 2001, senão não haveria a menor chance de uma película
dessas chegar as telas naquela época), então ele e mais alguns colegas e uma
professora são expulsos do avião, que de fato explode, para o espanto geral.
A
partir daí começa um jogo de gato e rato para evitar que os sobreviventes
morram, por aparentemente estarem em dívida com a morte. A única chance deles
são as premonições de Alex, que não são levadas muito a sério no começo, a não
ser por Clear Rivers (Ali Larter), que, de alguma maneira, tem uma conexão
empática com Alex.
O
maior problema é que os personagens são rasos e bidimensionais: o valentão e
sua namorada loira, o idiota atrapalhado que é amigo de todos... mas eles não
parecem reais, são apresentados apressadamente e sem muito contexto a não ser o
fato de que estudaram juntos. Além de que o só Alex ter as tais premonições torna
tudo um tanto quanto forçado, deixando-o mais com cara de maluco do que tudo,
ainda mais quando ele descobre o suposto padrão das mortes que movimenta a
trama.
Nota: não consegui achar o trailer dublado, então favor ativar as legendas do vídeo em suas configurações.