A
trama gira em torno de Antônio Ricci, um homem desesperado para conseguir um
emprego e sustentar a sua família num momento em que o seu país está um caos.
De todas as formas, ele busca por uma oportunidade, mas parece que todas as
portas estão fechadas. Até que, enfim, consegue sua chance: colar cartazes em
várias partes da cidade, porém é necessária uma bicicleta para realizar o
serviço, algo que ele não tem.
Através
do sacrifício dos lençóis e roupas-de-cama de sua casa, cuja sugestão de
empenhá-los partiu de Maria, a sua prática esposa, ele obtém os fundos
necessários para adquirir a almejada bicicleta, aquela que aparentemente
resolveria todos os seus problemas.
Infelizmente,
a vida tem outros planos para Antônio. Logo no seu primeiro dia de trabalho, a
bicicleta é roubada. Daí começa a romaria de Ricci e seu jovem filho Bruno
atrás do objeto, perambulando pelas várias ruas de Roma.
A
película mergulha fundo no relacionamento entre pai e filho, sendo que o primeiro
tenta ser forte para proteger o seu rebento, enquanto esse último se dá conta
que o pai é humano, também tem medo e, acima de tudo, erra.
E o mais impressionante é que, apesar de rodado em preto e branco, as atuações não poderiam ser mais verdadeiras, talvez porque tanto Lamberto Maggiorani (Antônio), um trabalhador fabril antes das filmagens, quanto Enzo Staiola (Bruno) não tinham nenhuma experiência com teatro ou cinema; suas performances eram puras pois era o que vivenciavam em seus cotidianos.
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