Hollyblood (Netflix, 2022) é um filme complexo e isso não é necessariamente uma coisa boa, pois tenta ser, ao mesmo tempo, uma comédia romântica e um filme de terror, falhando em ambos os casos.
Dirigida
por Jesús Font, a trama começa com flashback de um trio de garotos fazendo
bullying com Crespinho (Piero Mendez), que acidentalmente morre afogado numa
piscina. O trio, então, é atacado por uma criatura misteriosa que, aparentemente,
é um vampiro.
A criatura, sem a menor
dó ou piedade, mata os garotos, mas por alguma razão, resolve reviver
Crespinho, que se torna um vampiro também.
Agora, no presente,
somos apresentados a Javi (Óscar Casas), o garoto novo na escola que está
apaixonado por Sara (Isa Montalbán), uma moça com um curioso interesse pelo
sobrenatural, principalmente, por vampiros, situação que será melhor explicada
e desenvolvida mais adiante no filme, dando profundidade a única personagem com
quem a audiência consegue se conectar, mesmo que, no fim, seja com base num
clichê.
Voltando a Javi, o
garoto resolve tirar vantagem do interesse de Sara por vampiros e se passar por
um, de modo a impressioná-la e ganhar o seu coração. Afinal, o que poderia dar
errado? Tirando o fato do garoto ter se passado por uma garota antes, numa sala
de bate-papo, para conhecer melhor a amada e ter um maior conhecimento dos
interesses dela...
Bom, para quem não
sabe, isso se chama “catfishing” e é crime de falsidade ideológica, o que
destrói por completo qualquer noção de romance, por mais inofensivas que as
intenções de Javi fossem...
Para completar,
Crespinho reaparece e desmascara Javi e é aí que a coisa começa realmente
desandar, pois o enredo se transforma numa trama de caça-vampiros com uma
solução Deus Ex- Machina para lá de forçada. No entanto, devo admitir que a
pessoa por trás da transformação de Crespinho e vilã de toda trama, quando
revelada, surpreendeu-me um pouco...
Fontes:
https://www.imdb.com/title/tt14210720/
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