De
um lado, temos Jean, alguém que quer fazer algo mais no mundo do que meramente
atuar. Ela se importa, quer fazer do planeta um lugar melhor, encontrando a sua
causa junto ao movimento negro e a luta pelos direitos civis, no final dos anos
60, em Los Angeles, apesar de ser uma mulher branca.
Do
outro, temos o FBI, ainda na era Hoover (J. Edgar Hoover foi o primeiro diretor
da agência durante o período de 1935 a 1972), aqui representado pelos agentes Jack
Solomon (Jack O'Connell) e Carl Kowalski (Vince Vaughn), responsáveis pela
campanha de difamação da atriz, expondo, por exemplo, o caso dela, que ainda
estava casada com Romain Gary (Yvan Attal) na época, com o militante negro
Hakim Jamal (Anthony Mackie).
É um filme profundo, ainda mais pelas excelentes atuações de Kristen Stewart, que se reinventou durante a última década em Hollywood, e Vince Vaughn, que demonstrou toda a sua versatilidade de transitar entre gêneros tão díspares como o drama, caso deste filme, e a comédia, gênero no qual está mais acostumado a trabalhar.
Mas o mais interessante de tudo é o contraste que se tem com a atualidade, na qual prevalece o tal “lugar de fala”, coisa que não deveria existir, pois qualquer cidadão, independentemente de seu gênero, etnia e sexualidade, tem o dever moral, se não de fazer, pelo menos de dizer algo quando se depara com alguma situação errada.
Fontes:
https://www.imdb.com/title/tt1780967/
https://pt.wikipedia.org/wiki/J._Edgar_Hoover
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