Algum tempo se passa e, na festa de formatura de sua fraternidade,
Natalie passa mal e é acudida, no banheiro, por sua melhor amiga, Cara (Aisha
Dee), que traz consigo medicamentos para enjoo e dois testes de gravidez.
A partir do resultado do teste de gravidez, a história divide-se em
duas: em uma Natalie não está grávida e segue com o seu plano de mudar-se para
Los Angeles, com Cara, para seguir uma carreira na animação de filmes. Na
outra, ela realmente engravida e decide ter a criança, com o total apoio de
Gabe, mas acaba não indo para Los Angeles. E assim a trama é conduzida,
mostrando o desenrolar da vida de Natalie em cada uma dessas bifurcações da
realidade.
A história é interessante, mas as transições entre realidades são um
tanto abruptas e não há como deixar de ter uma realidade preferida que, no meu
caso, foi a do bebê, principalmente, por conta de uma cena em que Tina (Andrea
Savage), a mãe de Natalie, algumas semanas após o parto da neta, explica para
filha que ter um filho é também ficar de luto por si mesma por algum tempo, pela
pessoa que era, pois nunca mais ela deixará de ser mãe, apesar de amar a
criança com todas suas forças. Eu, em minha ignorância masculina, nunca tinha
visto uma definição tão clara e tocante do que é a depressão pós-parto e como
ela pode afetar uma mulher.
Apesar de acompanhar a jornada de Natalie ser gratificante,
principalmente por cenas como a descrita acima, o filme tem lá as suas falhas.
O conceito é bom, mas conduzido muito rapidamente, dando a impressão de
estarmos assistindo dois filmes ao mesmo tempo. Nesse ponto, talvez a trama funcionasse
melhor como uma série.
Por fim, algumas atitudes de Natalie, ou falta delas, não deixam de ser frustrantes, principalmente no quesito de seus relacionamentos amorosos. No entanto, o filme não deixa de ser divertido por conta disso. Enfim, assistam e tirem as suas próprias conclusões.
Fonte:
https://en.wikipedia.org/wiki/Look_Both_Ways_(2022_film)
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