Concordo
plenamente. Trágico é o que fizerem com ela, pelo menos é o que eu não pude
deixar de perceber ao assistir ao filme Judy: Muito Além do Arco-Íris.
Dirigido
por Rupert Goold e estrelando Renée Zellweger como Garland, a trama mescla os
momentos do início da carreira de Judy (aqui interpretada por Darci Shaw) com
os acontecimentos de sua última turnê em Londres, seis meses antes de sua
morte.
É
um filme denso, que mostra com total crueza e realismo os bastidores da fama, o
que era ser uma jovem estrela nos anos trinta e os efeitos que isso causou a
Garland.
O
tipo de abuso psicológico pelo qual ela passou ao longo de sua adolescência,
para se firmar como estrela, ecoaram até o seu trágico e precoce fim, aos 47
anos, devido a uma overdose acidental.
Toda
a pressão para permanecer magra e bonita, os comprimidos que passou a tomar
para tanto e para dormir, devido a ansiedade que a acometia ao tentar atender
os altos padrões que os estúdios esperavam dela, transformaram-na numa adulta
que se sentia patética quando não estava sob os holofotes ou sob o efeito de
álcool e narcóticos.
O
pior de tudo é que ela amava e odiava os palcos, pois ao mesmo tempo que atuar
e cantar eram seus maiores dons e paixões, também tornaram-se os seus maiores
medos, pela simples ideia de não conseguir entregar o seu melhor, o que era
“esperado” dela.
Todas
essas nuances podem ser percebidas na atuação de Zellweger, que conseguiu
transmitir com perfeição a sensação de estar perdida e não saber quem era, tal
qual Garland aparentava se sentir, por ter passado tanto tempo projetando a
imagem que os estúdios gostariam que ela passasse.
Não
é para menos que Renée Zellweger consagrou-se como a grande vencedora do Oscar
de Melhor Atriz, em 2020, por sua participação neste filme.
Fontes:
https://en.wikipedia.org/wiki/Judy_Garland
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