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quinta-feira, 11 de agosto de 2022

E A MÚSICA NUNCA PAROU...

 

          Este filme é um daqueles que poucos conhecem, mas quando o assistem, é impossível não o considerarem uma joia preciosa. Ao final da película, ou estão com um sorriso nos lábios ou com lágrimas nos olhos, senão ambos.

            Com um elenco encabeçado por um ator do calibre de J.K. Simmons (o John Jonah Jameson da trilogia original dos filmes do Homem-Aranha), o filme como ‘A MÚSICA NUNCA PAROU’ trata do bom e velho conflito de gerações através da família Sawyer.

         Henry (Simmons) e sua esposa Helen (Cara Seymour) não veem o seu único filho, Gabriel (Lou Taylor Pucci) há vinte anos, desde que ele saiu de casa para nunca mais voltar, devido a um conflito com os pais que não aprovavam o seu estilo de vida.

            O reencontro inesperado ocorre quando os Sawyer são avisados que seu filho, que passou as duas últimas décadas como um andarilho, viajando por aí, está hospitalizado por conta de um tumor em seu cérebro, que o faz sofrer de amnésia anterógrada, que lhe impede de recordar boa parte de seu passado ou até mesmo construir novas memórias.

            O que poderia ser uma tragédia sem igual, se torna uma oportunidade tanto para Henry, que tanto desaprovava o gosto musical de seu filho, quanto para Gabriel estreitarem os seus laços.

            A questão é que a trama se passa num período complicado da história dos Estados Unidos. Henry é um veterano da 2ª Guerra Mundial, enquanto a Guerra do Vietnã e a visões opostas de pai e filho a respeito do conflito são o principal motivo que levam Gabriel a sair de casa.

            Mas o que torna o filme, aliás toda história única é o elemento que ajuda numa parcial recuperação de Gabriel: a música. Tudo começa com os primeiros acordes da Marselhesa, o hino francês, parecem tirar Gabriel de seu estado catatônico, deixando o eufórico e eloquente, ainda que apenas por alguns instantes, já que o resto da música parece não lhe surtir o mesmo efeito.

            Eis que vem a grande descoberta: não era o hino francês que despertou Gabriel de seu transe, mas sim o início de sua música favorita dos tempos de adolescência, All you need is love, dos Beatles, que curiosamente utiliza a o início da Marselhesa como introdução.


            Então, a partir de sessões de musicoterapia, Gabriel começa a apresentar algum progresso, quando o seu cérebro é estimulado pelas músicas que marcaram sua juventude, o que anima Henry, a ponto dele ‘sacrificar’ o seu próprio gosto musical, um tanto mais conservador, para entender e criar laços mais profundos com o seu filho.

            Se até agora não consegui despertar a sua curiosidade ou ganhar a sua atenção, então esse filme não é para você. Caso contrário, sinto muito, nada mais posso revelar sem entregar a trama completa do filme. E que trama!




            Aqui eu me despeço, na esperança de que a música nunca pare na vida de nenhum de vocês. 

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